Far Cry Primal - Um jogo brilhante que falta dinamismo | Review
Far Cry Primal é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Ubisoft Montreal e lançado em 2016. Ambientado na Idade da Pedra, este título oferece uma experiência única e imersiva ao transportar os jogadores para o ano 10.000 a.C., onde a sobrevivência é a principal preocupação.
O jogador, no papel de Takkar, um caçador habilidoso da tribo Wenja, deve navegar por um mundo vasto e selvagem, repleto de perigos naturais e tribos hostis. A luta pela sobrevivência em um ambiente onde a humanidade ainda está começando a se organizar é um dos focos do jogo, além de o jogador conseguir desenvolver suas primeiras ferramentas e armas.
Em Far Cry Primal podemos utilizar lanças, arcos, e outras armas rudimentares, além de domar animais selvagens que podem ser utilizados em combate e como montaria. A narrativa do jogo é interessante mas nada tão plausível, podendo explorar temas de sobrevivência, liderança, e a luta pelo domínio territorial. O mundo aberto de Oros, onde o jogo se passa, é lindamente renderizado, com paisagens variadas que incluem florestas densas, vales congelados, e cavernas misteriosas.
O jogo traz uma melhoria gráfica significativa em relação ao seu antecessor. A ambientação do jogo é impecável, transportando os jogadores para um mundo pré-histórico ricamente detalhado. Os efeitos sonoros complementam perfeitamente a atmosfera do jogo. Desde o som dos animais selvagens ao longe até o barulho das armas rudimentares sendo usadas em combate, cada detalhe sonoro ajuda a imergir o jogador no ambiente da Idade da Pedra.
Leia também: Far Cry 4 – Uma aventura épica nos Himalaias | Review
O combate de Far Cry Primal é excelente e, por vezes, bastante complexo devido à dificuldade dos inimigos. Uma recomendação valiosa para todos os jogadores é pegar todos os recursos disponíveis no mundo conforme exploram o mapa. Em algum momento, esses recursos serão essenciais para aprimorar equipamentos ou a sua Vila, liberando assim novas missões e habilidades. Esse aspecto de coleta e crafting é uma parte fundamental da mecânica de sobrevivência do jogo.
Embora a trilha sonora seja adequada, ela não brilha tanto quanto os efeitos sonoros e a ambientação visual. Poderia ter sido mais memorável e impactante para complementar a rica atmosfera do jogo. Um ponto de frustração é a obrigação de correr atrás de recursos no início e ao longo do jogo para liberar o acesso às missões. Isso pode diminuir o dinamismo do jogo e da história, forçando os jogadores a interromperem a narrativa para se engajar na coleta de materiais, o que pode ser visto como uma forma de alongar artificialmente a duração do jogo.
A inteligência artificial dos inimigos poderia ser melhor. Em algumas situações, os inimigos não apresentam um desafio significativo devido a padrões previsíveis e comportamentos repetitivos.
Far Cry Primal é uma adição bem diferente e interessante à franquia, apesar de alguns pontos negativos, as suas qualidades fazem deste jogo uma aventura envolvente e recomendável para os fãs da série e de jogos de sobrevivência.
“Tu Urki patash, Tu Urki patash” – Urki
*Review feita com base no desempenho do jogo no PC*
Gostou do review? Deixe o seu comentário e me siga nas redes sociais!
Comentários
Postar um comentário