Far Cry: New Dawn - Um jogo desnecessário para preencher um vazio | Review

Far Cry: New Dawn é o um jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela Ubisoft. Lançado em fevereiro de 2019, este título serve como uma continuação direta de Far Cry 5, transportando os jogadores para um mundo pós-apocalíptico repleto de perigos e momentos cômicos.

Far Cry: New Dawn nos transporta para um mundo profundamente transformado pelos eventos catastróficos de Far Cry 5. Dezessete anos após uma devastadora guerra nuclear que mudou a face do planeta, o jogo retorna ao condado de Hope, em Montana, onde a natureza começou a recuperar seu espaço, mas novas ameaças emergiram das cinzas do velho mundo.

Imagem: Ubisoft Montreal/Ubisoft

A trama de New Dawn se passa em um mundo vibrante e renovado, mas igualmente perigoso. A sociedade começou a se reconstruir, formando pequenas comunidades que lutam pela sobrevivência e pelo controle dos escassos recursos. No coração deste renascimento, conhecemos os habitantes da comunidade de Prosperity, liderada por Thomas Rush, um sobrevivente dedicado a ajudar outras comunidades a se reerguerem. No entanto, essa nova esperança é ameaçada pelos Salteadores, uma gangue violenta liderada pelas implacáveis gêmeas, Mickey e Lou. Essas duas antagonistas carismáticas e cruéis dominaram a região, impondo sua vontade através de força bruta e terror. Elas buscam dominar os recursos e subjugar qualquer forma de resistência.

A qualidade gráfica de Far Cry: New Dawn é impressionante. A Ubisoft conseguiu criar um mundo visualmente deslumbrante, onde a natureza floresce em meio à destruição. Cada cenário é ricamente detalhado. A ambientação é um dos pontos fortes do jogo. A Ubisoft continua a demonstrar sua habilidade em criar mundos convincentes e cativantes. O condado de Hope renasceu das cinzas com uma beleza selvagem e perigosa, e explorar esse ambiente é uma experiência fascinante.

Imagem: Ubisoft Montreal/Ubisoft

Os efeitos sonoros de Far Cry: New Dawn são de alta qualidade, contribuindo para a imersão do jogador. Cada som, desde o farfalhar das folhas ao disparo de armas improvisadas, é cuidadosamente elaborado. A trilha sonora do jogo é adequada e passa uma sensação de esperança, que é compreensível dado o cenário pós-apocalíptico. No entanto, ela não é particularmente memorável ou cativante.

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Para os fãs de Far Cry 5, revisitar as localidades em um cenário pós-apocalíptico é uma experiência fascinante. Ver como o mundo mudou e explorar as ruínas do que antes era familiar adiciona uma camada de profundidade à narrativa. A mecânica de escassez e aprimoramento da comunidade Prosperity é satisfatória. Buscar mantimentos e recursos para fortalecer Prosperity cria um senso de progresso e realização, incentivando os jogadores a explorar o mundo.

A dublagem é um ponto fraco significativo. A qualidade da dublagem em Far Cry: New Dawn é inferior, o que compromete a imersão e a conexão emocional com os personagens. A inteligência artificial dos inimigos é decepcionante. Muitas vezes, os inimigos parecem não perceber o jogador, mesmo quando estão muito próximos, o que resulta em uma perda de realismo e desafio. O menu do jogo é confuso e mal projetado. Em comparação com a interface bem trabalhada de Far Cry 5, New Dawn apresenta um layout horrível que dificulta a navegação e a administração de recursos.

Imagem: Ubisoft Montreal/Ubisoft

Os personagens são mal apresentados, com diálogos superficiais e repetitivos. O roteiro carece de profundidade, tornando difícil criar uma conexão com os personagens e a história. O desfecho da trama é desafiante, mas carece de impacto emocional. A morte de personagens não provoca qualquer sentimento. As vilãs, Mickey e Lou, possuem uma personalidade exagerada que extrapola o cômico, o que diminui a seriedade da narrativa. A impressão que fica é que New Dawn foi feito apenas para completar a história de Far Cry 5.

“Então… Coelhos. Vocês são todos solucionadores de problemas ou criadores de problemas?” – Mickey

*Review feita com base no desempenho do jogo no PC*

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