As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa - Faltou um pouco de brilho | Resenha

As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa faz parte da série escrita por C.S. Lewis. Publicado em 1950, o livro é uma obra de fantasia que combina elementos de contos de fadas e ensinamentos amplos.

O livro começa na Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial, onde quatro irmãos, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, são evacuados de Londres para a casa de um professor no campo. Lá, eles descobrem um guarda-roupa mágico que serve como portal para um mundo mágico chamado Nárnia. Nárnia é um reino congelado pela eterna maldição da Feiticeira Branca, Jadis, que mantém Nárnia em um inverno perpétuo. Os irmãos Pevensie logo conhecem criaturas mágicas e amigáveis, como o fauno Sr. Tumnus, e também o poderoso leão Aslan, que é uma figura messiânica e o criador de Nárnia.

Imagem: Matheus Araújo, 2023

Os irmãos descobrem que há uma profecia sobre a vinda de quatro crianças humanas que acabarão com o reinado da Feiticeira Branca e libertarão Nárnia. Edmund trai seus irmãos e se junta à Feiticeira Branca, o que leva a conflitos e reviravoltas na história. Eventualmente, todos se reúnem para lutar ao lado de Aslan contra a Feiticeira Branca em uma batalha final.

Realizei a leitura na edição luxuosa da HarperCollins Brasil que conta com detalhes fascinantes como suas ilustrações remasterizadas e coloridas da ilustradora original, a Pauline Baynes, uma capa dura com toque aveludado, páginas com pintura na borda e uma nova tradução feita por Ronald Kyrmse.

As ilustrações são algo bem presente no livro, em todos os capítulos, e isso enriquece a história e causa uma maior imersão na história. Acredito que o único erro dessa edição luxuosa é que a lombada de pintura dourada com pouco tempo de uso já se desgastou, pelo visto não fui o único pois visualizei alguns comentários de usuários relatando o mesmo acontecimento.

Leia também: As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago – Uma introdução quase perfeita | Resenha

Na leitura de As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa você encontra muitos momentos que são bem diferentes dos filmes da Disney, os diálogos, por exemplo, contém mais detalhes e caso tenha visto o filme antes de ter os livros em mãos isso pode ajudar na imersão e na imaginação, mas o lado negativo disso é já saber como será o andamento e o desfecho da história.

Imagem: Matheus Araújo, 2023

Em As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa alguns diálogos são bem complexos e diferente do filme ou muitos deles nem se quer existem no filme, os diálogos do livro em alguns momentos extrapolam não só o lado cômico, mas também o lado grosseiro, não importa qual personagem esteja falando, e isso é um detalhe que pode ser percebido na leitura – a Disney deixou os diálogos maquiavélicos apenas para os personagens de caráter duvidoso.

Há na história do livro outro Leão que é quase despercebido, e aqui vai uma crítica ao Lewis e um elogio ao filme da Disney: Não compreendo o motivo de Lewis ter colocado outro leão na história, sendo que Aslan é um leão protagonista e importante na história, acredito que o filme acertou em descartar tal personagem e manter apenas Aslan como uma figura ímpar na história.

Imagem: Matheus Araújo, 2023

A batalha final de As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é bem simples e rápida, não há nada que você consiga recordar do filme, a batalha do livro acontece sem tanto contexto e parece que a Feiticeira se torna uma inimiga tão fácil em poucos minutos depois de se provar ser um demônio no decorrer do livro inteiro, acredito que a batalha final poderia ser mais detalhada e poderia enriquecer mais a história.

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é uma história cativante que combina elementos de aventura e ensinamentos, oferecendo uma narrativa atemporal sobre a jornada de quatro crianças em um mundo mágico e as lições que aprendem ao longo do caminho.

“Uma vez Rei ou Rainha de Nárnia, sempre rei ou rainha.” – Aslan

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