Indiana Jones e a Relíquia do Destino - Um final quase feliz | Crítica

Após quatorze anos do último filme de Indiana Jones finalmente foi lançado a sua sequência, o ilustre Indiana Jones e a Relíquia do Destino. O filme é o primeiro da franquia que não é supervisionado por Steven Spielberg, tampouco conta com uma narrativa concebida por George Lucas, cujas funções se limitam à produção. O protagonista é Harrison Ford, que retoma seu papel como Indiana Jones, sendo o elenco também composto por Phoebe Waller-Bridge, Mads Mikkelsen, Thomas Kretschmann, Boyd Holbrook, Shaunette Renée Wilson, Toby Jones e Antonio Banderas.

Imagem: Divulgação/Walt Disney Studios Motion Pictures

A história de Indiana Jones e a Relíquia do Destino se passa em 1969, o arqueólogo e aventureiro americano Indiana Jones vive no cenário da Corrida Espacial. Isso é um fato bacana, pois mostra as pessoas “vivendo” o futuro, se interessando pelo futuro e o Indy continua olhando para o passado. Além disso, Indy Jones está preocupado com o fato de o governo dos Estados Unidos ter recrutado ex-nazistas para ajudar a vencer a União Soviética na competição para chegar ao espaço. Sua afilhada, Helena, o acompanha em sua jornada. Enquanto isso, Jürgen Voller, um membro da NASA e ex-nazista envolvido com o programa de pouso na lua, deseja recuperar um artefato histórico que pode voltar no tempo e mudar o curso da história, ou seja, tornar o mundo um lugar melhor como ele achar melhor.

Imagem: Divulgação/Walt Disney Studios Motion Pictures

Sou um grande fã de Indiana Jones, no meu caso tudo começou com o jogo do Indiana Jones de LEGO para o PlayStation 2, o LEGO Indiana Jones: The Original Adventures, após esse jogo marcar a minha infância eu procurei ver os filmes de forma sequencial. O filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino recebeu algumas críticas negativas por boa parte da base de fãs da franquia, eles afirmam que o filme pode ter cometido o erro de querer agradar uma “agenda progressista” ao enaltecer a personagem Helena, fazendo com que o Indy fosse rebaixado na história e sendo uma pessoa menos independente. Eu concordo que em muitos filmes recentes podemos ter algo nesse sentido, mas não posso dizer o mesmo para o novo filme de Indiana Jones.

Em Indiana Jones e a Relíquia do Destino o protagonista da trama está muito mais perto da aposentadoria do que de todas aquelas aventuras que estamos acostumados a ver nos filmes da franquia, mas não que não ocorra momentos de ação com o velho Indy em seu novo filme, muito pelo contrário. A ação é muito mais presente nesse filme do que em filmes anteriores, principalmente no início, onde todo o orçamento do filme foi colocado para fazer um grandioso rejuvenescimento de Harrison Ford. Aliás, foi uma boa escolha colocar esse orçamento direcionado ao rejuvenescimento do ator, pois ficou algo bem feito e de forma bem suave, apesar de ser possível encontrar pequenos erros.

Imagem: Divulgação/Walt Disney Studios Motion Pictures

Vou destacar ao Indiana Jones e a Relíquia do Destino a sua história fascinante que te prende de forma contínua e toda a ambientação que o filme fornece, além da atuação sensacional de Mads Mikkelsen como Jürgen Voller que, ao contrário dos inimigos primários de Indiana Jones, é um personagem menos cartunesco e bem mais realista que podemos comparar com a franquia 007 onde os seus primeiros vilões no cinema eram bem mais fantasiosos e no decorrer do tempo isso foi mudando.

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Em Indiana Jones e a Relíquia do Destino podemos encontrar um universo desejado para qualquer fã da franquia Indiana Jones com muita ação, diálogos engraçados e um Indy com necessidade de uma conexão humana, com o tipo de amor machucado que só quem já perdeu alguém muito próximo pode entender. O filme conta com pequenas falhas de roteiro que dependem da atuação dos atores para deixarem de ser um momento constrangedor, além de  uma trama que leva de volta o interesse de Indy por aventuras de forma bem fluida e termina triunfante com uma despedida emocionante.

“Percebi que a questão não é o que você acredita, mas o quanto você acredita.” – Indy Jones

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