Stranger Things: 4° Temporada - Poderia ser melhor? | Crítica
Stranger Things está de volta com mais um acontecimento tenebroso quase três anos após a sua terceira temporada, a 4° temporada da série de drama, terror e ficção científica foi lançada mundialmente exclusivamente pelo serviço de streaming da Netflix em dois volumes, com o primeiro conjunto lançado em 27 de maio de 2022 e o segundo a ser lançado cinco semanas mais tarde, em 1 de julho de 2022. A 4° temporada ocorre nove meses após os eventos da terceira temporada, como uma série de mortes estranhas, ligadas ao Mundo Invertido, causando paranóia entre os moradores de Hawkins.
A temporada, composta por nove episódios, foi produzida pelos criadores do programa, os Duffer Brothers, juntamente com Shawn Levy, Dan Cohen, Iain Paterson e Curtis Gwinn. Retornando como regulares da série incluem Winona Ryder, David Harbour, Millie Bobby Brown, Finn Wolfhard, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin, Noah Schnapp, Sadie Sink, Natalia Dyer, Charlie Heaton, Joe Keery, Maya Hawke e Priah Ferguson, enquanto Brett Gelman, Matthew Modine e Paul Reiser elevados a regulares da série. Jamie Campbell Bower, Joseph Quinn, Eduardo Franco, Cara Buono, Tom Wlaschiha e Mason Dye aparecem em papéis recorrentes.
A quarta temporada começa nos mostrando um passado até então inesplicável da Eleven, onde ela acaba efetuando mortes e se encontra em um fundo pensamento de culpa, mas que irá ter as respostas do acontecimento no decorrer da série. A maioria dos jovens do elenco já não são tão crianças assim, eles cresceram absurdamente, principalmente o Lucas. O visual deles mudaram por completo e por falar em mudança, a Eleven passa a morar na California em busca de uma vida mais tranquila, lá ela é introduzida no ensino médio para tentar viver uma vida normal de qualquer jovem da idade dela, mas acaba passando por muito bullying dos seus colegas de classe. Por falar na mudança corporal dos personagens será que isso pode pedir o fim da série? Eu acredito que não, a série pode prosseguir introduzindo, por exemplo, esses jovens na faculdade ou mercado de trabalho, mas precisa tomar muito cuidado com isso para não ficar na mesmice e acabar sendo uma série enjoativa.
A trama já está se passando no período da Guerra Fria, e os soviéticos estão bem presentes no enredo por conta de terem o Hopper nas suas mãos. Sim, o Hopper está vivo, quem viu a terceira temporada acredito que ele tivesse morrido, mas isso não ocorreu e a quarta temporada explica isso de uma forma direta.
Temos novos personagens na quarta temporada, incluindo a personagem Chrissy que acaba tendo visões do mundo invertido e acaba morrendo pelo Vecna, o novo inimigo dos baixinhos (nem tão baixinhos assim) de Hawkins. Vecna entra na mente das suas vítimas e elas acabam entrando no mundo invertido e por um grande momento você acredita que isso não pode ser revertido, ou seja, você acredita que é impossível se salvar após o Vecna entrar na sua mente, mas a série nos dá uma saída de uma forma com a cara de Stranger Things. Após a morte de Chrissy, acontece outras mortes da mesma forma e deixando o corpo das vítimas completamente macabros, sendo assim, as autoridades locais começam a investigar as mortes e assim começa mais um ciclo tenebroso em Hawkins.
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Paralelo a isso, um guarda da prisão onde o Hopper está preso consegue enviar uma mensagem para Hawkins, onde a Joyce Byers, a mãe de Will, recebe a mensagem e embarca em uma das aventuras mais divertidas que se pode imaginar, o resgate do chefe Hopper. Ela não está sozinha, ela recebe a ajuda de Murray, o faixa preta do Karatê, para ajudá-la nessa empreitada. A partir daí é só altas risadas e uma aventura que nos deixa ansioso para ver tudo acontecer, mas nem tudo acontece como o esperado.
O Vecna é um inimigo muito mais humano, mais macabro e também muito mais poderoso. A série se manteve na mesma estrutura, nostálgica como sempre e a nova temporada é, sem dúvidas, a mais macabra de todas e a maquiagem é o que mais chama a atenção, por exemplo, a maquiagem do Vecna foi feita pelo mesmo maquiador que fez o Rei da Noite de Games of Thrones e ele está trabalhando na série de The Last of Us da HBO.
As cenas de ação da nova temporada são altamente inesperadas, a produção manteve a separação dos personagens com histórias acontecendo paralelamente. O enredo flui normalmente, sem nenhuma enrolação, não perde tempo explicando coisas descartáveis. E uma das coisas que mais de pode notar é que tudo pode está dando certo mas acabando dando uma reviravolta e o enredo toma outro rumo, isso acaba nos pegando de surpresa diversas vezes. O personagem Vecna tem uma excelente construção, é tudo milimetricamente pensado.
Uma questão que me fiz no decorrer da quarta temporada foi: Onde está Will? O Will já foi destaque na primeira e nas demais temporadas, mas na nova ele simplesmente sumiu, ele não tem protagonismo nenhum e quase não aparece. E quando ele aparece é sempre para ficar olhando bem no fundo dos olhos do Mike em busca de uma explicação do porque Mike não gosta do Will tão como o Will gosta dele. Mas eu digo gostar no sentido afetivo, pois o Will é claramente gay, mas talvez você não tenha notado isso. Ser gay e se apaixonar por hétero deve ser algo complicado, né? Por falar nisso, a quarta temporada nos entrega de forma bem sutil a questão da orientação sexual de diversos personagens, mas fique tranquilo não há nada vulgar.
A quarta temporada de Stranger Things nos entrega tudo aquilo que um fã da série não esperaria, algo bem complicado para uma série que já desbravou muita coisa e, atualmente, com quatro temporadas, mas acaba deixando brechas para uma possível nova temporada.
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