Mad Men - Uma das melhores séries de Drama | Crítica

Mad Men é uma série de televisão de drama criada e produzida por Matthew Weiner. O seu primeiro episódio foi para o ar em 19 de julho de 2007. A sétima e última temporada teve 14 episódios e foi dividida em duas partes de sete episódios, que foram transmitidas em 2014 e 2015. A primeira metade da temporada estreou em 13 de abril de 2014.

A série se passa nos anos 60 na agência de publicidade Sterling Cooper, localizada na Madison Avenue, em Nova York. O protagonista é o Don Draper, diretor de arte da agência, assim como todos que vivem ao seu redor também estão no setor de criação da agência. A série conta como era a vida profissional das agências de publicidades na época desde os clientes a equipamentos, apresentações, relacionamentos, escritórios e muito mais. Mad Men foi largamente elogiada pela crítica, especialmente por sua autenticidade histórica, estilo visual, figurino, atuações, roteiro e direção de reconhecida qualidade, tendo conquistado diversos prêmios, incluindo quinze Emmys e quatro Globos de Ouro. É a primeira e única série de basic cable a conquistar o Emmy de série dramática de destaque, vencendo-o para as primeiras quatro temporadas consecutivas (2008, 2009, 2010 e 2011).

Mad Men

Imagem: Divulgação/AMC

Estou cursando Publicidade e Propaganda e dentre os alunos a série que mais é comentada para os amantes da publicidade é Mad Men. Quando comecei a assistir a série automaticamente me lembrei de Breaking Bad, é uma daquelas séries que prende você na história e faz com que você não consiga deixar de ver o próximo episódio.

A carta na manga da agência é Don Draper, que não fala muito sobre seu passado mas também não consegue esquece-lo e isso o atormenta frequentemente. Tudo parece começar bem na série mas por suas más escolhas ele acaba se distânciando de sua família e tendo muitas dores de cabeças no trabalho com acontecimentos que não lhe agradam. Jon Hamm, o ator que interpreta Don Draper, é brilhante e é um dos principais atrativos da série. Don Draper é considerado um dos melhores anti-heróis da TV, ele é carismático, inteligente, comunicativo, ambisioso mas, ao mesmo tempo, ele é mentiroso, alcoólatra, adúltero. Mesmo sendo assim, a gente acaba pegando um vínculo com o personagem e acabamos torcendo por ele, sabe por quê? A série Mad Men foi criada por um dos produtores de The Sopranos, a série que criou um dos maiores anti-heróis da TV, o Tony Soprano.

Mad Men

Imagem: Divulgação/AMC

Uma das coisas mais legais da série, principalmente para quem está cursando Publicidade, é o “pitch”; o momento em que o departamento de criação da agência tenta despertar o interesse do cliente pela campanha. As cenas de “pitch” são muito interessante, quando o Don Draper entra na sala com toda a sua experiência, você já olha para ele e diz: “Ele vai arrasar!”. Don Draper parece que está fazendo algo tão simples, ele conquista o cliente com o poder da palavra.

Em Mad Men você vai perceber que todo mundo a todo momento está bebendo whisky e fumando cigarro, parece que a cidade inteira só consome whisky e cigarros. Vale lembrar que o tabaco, nos anos 60, era uma indústria muito forte e era os principais clientes das grandes agências da época. É claro, o whisky e o tabaco deixa a série mais elegante, sofisticada mas é somente uma enganação, por trás disso existe muita sujeira, muita mentira e manipulação.

Leia também: Batman – Bom, mas com roteiro maçante | Crítica

Mad Men

Imagem: Divulgação/AMC

A série pode ter “Men” no nome mas quem realmente toma conta da série são as mulheres com ótimas atuações, com excelentes histórias e, sendo uma delas, a Peggy Olson.

A Peggy começa na agência como secretária e sendo alvo de piadas mas acaba dando a volta por cima e chega no alto escalão da agência. A Joan é uma das principais personagens da série, passando por muitos problemas familiares e tenta a todo custo encontrar um homem certo para a sua vida, mas Joan já é sócia da agência, uma conquista enorme para as mulheres da época, e com muitas reviravoltas como, por exemplo, ser objetificada, menosprezada, ela decide no fim ter a sua própria agência. E claro, a Betty Draper, a mulher de Don Draper, ela é sensacional e faz um trabalho incrível visualmente, é uma personagem “padrão anos 60” sendo dona de casa, cuidadora dos filhos e tudo mais, porém, o seu destino final na série me comoveu e já adiantando de antemão, prepare os lenços.

Os relacionamentos em Mad Men é o que mais chama a atenção do telespectador, assim como a construção dos personagens e o roteiro impecável. A trilha sonora de Mad Men é de época e o que me chamou a atenção é que em alguns episódios notei um pouquinho do Brasil presente na série, se você não sabe a Bossa Nova estourou no Brasil e no mundo nos anos 60 e com isso você pode encontrar algumas músicas brasileiras na série.

Mad Men

Imagem: Divulgação/AMC

O final de Mad Men é simbólico, o criador da série diz que toda a última temporada foi sobre a ideia de que a revolução falhou de alguma maneira, e era a hora de lidar com o que você pode controlar, que é você mesmo.

“Publicidade está baseada numa coisa: Felicidade” – Don Draper.

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