Batman - Bom, mas com roteiro maçante | Crítica

Batman (2022) é um filme baseado no personagem Batman da editora DC Comics, um reboot da franquia Batman e dirigido por Matt Reeves, roteirista junto com Peter Craig. É estrelado por Robert Pattinson como Bruce Wayne / Batman, ao lado de Zoë Kravitz, Paul Dano, e Colin Farrell. Que segue a história de Batman em seu segundo ano de luta contra o crime em busca de vingança, quando descobre a corrupção em Gotham City enquanto persegue o Charada, um assassino em série que tem como alvo a elite de Gotham.

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures

O filme estava programado para ser lançado em junho de 2021, mas a produção foi adiada entre março e setembro de 2020 devido à pandemia de COVID-19. Foi lançado nos Estados Unidos em 4 de março de 2022. Duas sequências estão planejadas e duas séries de televisão spin-off estão em desenvolvimento para o HBO Max.

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures

A trama se passa durante o halloween, o prefeito de Gotham City Don Mitchell Jr. é assassinado por um serial-killer que se chama Charada. Operando em Gotham por dois anos o Batman, o bilionário Bruce Wayne, investiga o caso ao lado do Departamento de Polícia de Gotham City. O tenente Gordon descobre que o Charada deixou uma mensagem para o Batman, mas o comissário Pete Savage o repreende por permitir que o Batman entre na cena do crime e o força a sair. O Charada mata Savage, deixando outra mensagem para o Batman e enviando um vídeo de sua morte para a mídia de Gotham.

Sendo assim, Batman e Gordon descobrem que o Charada deixou um pen drive no carro de Mitchell; contém imagens de Mitchell com uma mulher, Annika, no Iceberg Lounge, um clube operado por Pinguim, tenente do mafioso Carmine Falcone. Batman interroga Pinguim, que afirma não saber nada, mas percebe que Selina Kyle, colega de quarto e namorada de Annika, trabalha lá como garçonete. Ele segue Selina até a casa de Mitchell, onde descobrem o passaporte de Annika em um cofre. Quando Annika desaparece, o Batman envia Selina de volta ao Iceberg Lounge para procurar respostas. Através de Selina, o Batman descobre que o promotor público de Gotham, Gil Colson, está na folha de pagamento de Falcone, mas Selina interrompe a comunicação quando Batman a pressiona sobre seu relacionamento com Falcone.

A partir daí o vigilante noturno de Gotham e as autoridades da cidade fazem de tudo para interceptarem o Charada.

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Confesso que quando assisti todos os trailers de Batman fiquei muito animado para o filme, parecia está tudo perfeito para ser um grande filme, mas acabou me decepcionando um pouco. No filme uma das coisas mais engraçadas e legais é o medo dos capangas da cidade com o escuro, no início do filme podemos ver a cidade em caos e os meliantes a todo momento olhando para espaços escuros na cidade com receio de o vigilante noturno estar por perto. A escolha de Robert Pattinson gerou conflito entre os fãs do Batman, mas, na minha opinião, o ator foi excelente e entregou o que tinha para entregar, ainda mais fazendo um Batman mais jovem e inexperiente.

Além de Robert, vale ressaltar a ótima atuação de Colin Farrell, o Pinguim. O ator ficou irreconhecível, a sua maquiagem e figurino entregou o Pinguim mais realista possível já visto no cinema. Falando em figurino, o traje do Batman para um herói inexperiente é um traje bem avantajado, como fã da trilogia do Nolan que sou, gostei bastante da vestimenta do homem-morcego. Além, claro, do Batmóvel que depois do Tumbler me arrisco a dizer que é um dos melhores Batmóveis já visto no cinema. A perseguição presente no filme com o Batmóvel não chega aos pés de filmes anteriores do herói, é nítido que o filme usa planos fechados que acaba deixando o filme menos realista e extrapolando o uso da chuva, nunca vi a cidade de Gotham tão chuvosa como nesse filme, há quem diga que é para esconder as imperfeições do filme.

As cenas de ação são de encher os olhos de um grande fã de Batman, a produção do filme deixou as lutas bem realista e fez com que muita gente sentisse na pele os golpes e a principal que gostaria de destacar é a cena que contou com o auxílio de uma iluminação inesperada, uma sequência no escuro em que as armas, sendo disparadas, iluminaram o homem-morcego dando golpes nos capangas.

O Batman desse filme é o que bate na porta três vezes e pergunta se é reconhecido e se pode entrar, não espere o Batman que simplesmente entra em um local de maneira inexplicável e quebra o pau da barraca, é um Batman diferente do que os fãs estão acostumados, talvez seja por isso que não me agradou tanto o roteiro desse filme.

Sim, o filme é maçante, o filme conta com 3 horas e 30 minutos e em algumas partes é pura enrolação, você não vê a história progredindo, em alguns momentos fiquei com sono, sim, fiquei com sono. O cinema já é escuro para deixar as pessoas atentas somente na tela, você assiste um filme completamente escuro com muita chuva e com um roteiro fraco, acredita que isso não pode acontecer?

Imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Michael Giacchino fez excelentes trabalhos e em Batman não foi diferente, a trilha sonora do filme nos entrega um ar mais sombrio e grunge, como Matt Reeves queria. É um dos pontos mais positivos do filme, ao terminar de assistir o filme você vai ficar com a melodia da trilha principal em sua mente por um bom tempo.

Batman é um filme sombrio que nos leva à Gotham em dias chuvosos e escuros com um homem-morcego inexperiente e com um roteiro maçante, a obra poderia perder menos tempo em enrolação e deixar a história fluir mais.

Eu sou a vingança! – Batman

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