Joguei a versão beta de Tom Clancy's Ghost Recon Breakpoint
Tive a oportunidade de experimentar a versão beta de Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint. O beta do jogo foi anunciado alguns dias atrás e ficou disponível para download entre os dias 5 e 8 de setembro no PC, Xbox One e PlayStation 4. O acesso foi restrito aos jogadores que fizeram a pré-compra do jogo, assinantes do UPLAY+ nos países onde o serviço já está disponível, participantes dos testes técnicos online e aqueles que se inscreveram antecipadamente na página do beta fechado e foram selecionados aleatoriamente. No nosso caso, recebemos um código gentilmente fornecido pela Ubisoft Brasil, a quem agradecemos.
Imagem: Divulgação/Ubisoft |
Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint está programado para ser lançado em 4 de outubro para PS4, Xbox One, PC e Stadia.
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O beta do novo Ghost Recon ofereceu a oportunidade de jogar em vários ambientes e explorar o jogo tanto solo quanto em grupos de até quatro jogadores no modo cooperativo. Foi possível concluir duas missões da “Operação Greenstone”, que realmente se destacaram durante o beta. Além dessas missões, também tivemos a chance de experimentar as “Missões Aurora”, que permitem aos jogadores enfrentar desafios que revelam detalhes sobre a ilha Aurora e seus habitantes, e, por último, as “Missões de Facção”, que incluem oito novas tarefas diárias.
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O jogo começa em meio ao caos quando o seu pelotão tem todos os helicópteros derrubados e acaba na floresta. Você explora determinados locais em busca de vestígios de vida dos seus companheiros, tentando descobrir o que realmente aconteceu. Logo no início da narrativa, é perceptível que a qualidade gráfica fica aquém do esperado, apresentando texturas já vistas em outros jogos da Ubisoft. É importante notar que, como se trata apenas de um beta, isso pode passar despercebido, mas é uma observação válida. O sistema de iluminação deixa a desejar, especialmente no que diz respeito ao polimento das sombras no jogo, o que deixa a sensação de que falta algo na qualidade das texturas. Não estou afirmando que o jogo possui gráficos terríveis, pelo contrário, mesmo na versão beta, a qualidade gráfica é sólida, mas é evidente que as texturas poderiam ser de maior qualidade.
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A experiência de jogo é altamente satisfatória e proporciona grande prazer. Apesar dos comandos um tanto peculiares, a jogabilidade não decepciona. A precisão técnica na mira torna evidente que este jogo provavelmente oferecerá uma experiência ainda melhor no PC. Isso ocorre porque alguns jogos de tiro em primeira pessoa proporcionam uma sensação razoável ao usar um controle, mas fica claro que um teclado e um mouse proporcionariam uma precisão ainda maior. A partir do beta, foi possível perceber que este jogo tem potencial para oferecer uma jogabilidade sólida.
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Conforme mencionei anteriormente, os controles de Ghost Recon Breakpoint são um tanto incomuns, mas isso pode ser explicado pela abordagem tradicional da franquia Ghost Recon. Costumo dizer: “Há muitas funções em um único jogo”. Isso não é necessariamente negativo; estou apenas oferecendo uma explicação para o sistema de comandos adotado pelo jogo.
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Indiscutivelmente, o novo jogo segue o padrão estabelecido em qualquer Ghost Recon, ou seja, enfatiza muito o sigilo. No entanto, não se preocupe, se você é do tipo que prefere adotar uma abordagem mais “Modo Rambo”, Ghost Recon sempre oferece opções para ambos os estilos de jogo. Pode haver uma ou até mais missões que exigem que você seja extremamente cauteloso, mas, no geral, você tem a liberdade de escolher como deseja cumprir suas missões. Uma adição interessante no beta é a capacidade de se camuflar em locais com vegetação densa durante o combate, o que permite eliminar inimigos furtivamente. Não me recordo de ter visto essa mecânica em outros jogos da série Ghost Recon, portanto, se estiver enganado, por favor, me corrija.
Imagem: Divulgação/Ubisoft |
Graças às opções de personalização das armas primárias e secundárias, o jogador se torna mais imerso no jogo, o que o incentiva a completar todos os desafios para desbloquear modificações e skins específicas.
Além das armas, naturalmente, você também pode personalizar seu personagem de acordo com suas preferências.
À medida que você conclui desafios, novas habilidades são desbloqueadas com pontos que você ganha gradualmente. Se você não é fã de missões secundárias, apenas gostaria de mencionar que elas são muito vantajosas se você deseja desbloquear novos recursos. Apesar de suas mecânicas serem familiares e lembrarem muito as da franquia Far Cry, com vários elementos semelhantes, admito que em determinado momento me senti como se estivesse jogando um dos jogos dessa série.
No beta, naturalmente, não esperávamos algo grandioso, como gráficos de alta qualidade, jogabilidade refinada, e assim por diante. No entanto, achei que as duas missões principais eram bastante curtas e careciam de contexto, concentrando-se principalmente na jogabilidade. Isso demonstra a eficácia do trabalho realizado pela Ubisoft neste aspecto.
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No que diz respeito à jogabilidade, se você é como eu e frequentemente acha que a dirigibilidade dos veículos da Ubisoft na franquia Watch Dogs é um tanto simples e carente de realismo, pode ficar tranquilo. Durante o beta, foi possível perceber um excelente controle nos veículos, como carros, helicópteros e outros, como é de se esperar em um jogo da série Ghost Recon.
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No amplo mapa, foi possível observar todos os detalhes típicos de uma densa floresta. O mapa engloba dois biomas, com um deles sendo coberto de neve. À medida que você se move pelo ambiente, a qualidade é notável, seja viajando de veículo ou a pé. Claro, como se trata de um beta, existem alguns detalhes nas texturas que podem ser aprimorados, mas o realismo em questão é bastante convincente. É como se você estivesse realmente imerso em um mundo real, com movimentos e efeitos sonoros de alta qualidade.
Imagem: Divulgação/Ubisoft |
Outro aspecto que merece destaque são os efeitos sonoros e a qualidade da trilha sonora. No beta, ficou evidente que os efeitos sonoros são incorporados de forma excepcional, proporcionando um alto nível de realismo, especialmente nos sons ambientais. Movimentar-se pelo mapa a pé é uma experiência enriquecedora em termos de áudio. A qualidade sonora dos animais, folhagens e outros elementos é notável a todo momento. Além disso, a trilha sonora não deixa nada a desejar. Com uma abordagem que combina estratégia e ação durante os combates, a trilha complementa a experiência de jogo e motiva ainda mais o jogador a eliminar seus inimigos. Ela é bem composta e, às vezes, até sincronizada com as batalhas, demonstrando a qualidade técnica que a Ubisoft empregou para obter esse resultado notável.
Ah, os bugs, sempre presentes nos jogos, não é mesmo? Infelizmente, o beta de Ghost Recon estava repleto deles. À medida que eu jogava, era muito fácil encontrá-los, inclusive no menu do jogo. Em certo momento, consegui desbloquear novos acessórios para o personagem, mas ao voltar ao jogo, percebi que a alteração não tinha sido aplicada. Alguns inimigos, após serem abatidos, começavam a dar saltos inexplicáveis ou até mesmo se teletransportavam. Embora isso fosse engraçado, acabava prejudicando um pouco a experiência. Em uma cutscene, algo inusitado aconteceu: após eliminar alguns inimigos e interagir com um personagem, todos os inimigos que eu tinha acabado de derrotar ressuscitaram e começaram a causar confusão ao fundo da cutscene, deixando a tela embaçada e tornando difícil ver o que estava acontecendo. Houve outros bugs durante minha jogatina, mas não vou mencionar todos aqui, pois levaria muito tempo, e também porque eles não afetaram muito a jogabilidade. Lembre-se sempre de que bugs são bastante comuns em betas.
Imagem: Divulgação/Ubisoft |
Com base no beta de Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint, parece que teremos um jogo com uma jogabilidade excelente e bem trabalhada, que cativará os jogadores por horas a fio. Isso é fundamental, especialmente para um título da franquia Ghost Recon. Até o lançamento oficial do jogo em outubro, é evidente que a Ubisoft fará melhorias nas texturas, sobretudo no sombreamento de objetos e no sistema de iluminação (notei um excesso de escuridão em alguns ambientes, talvez para proporcionar uma maior imersão). Os efeitos sonoros e a trilha sonora são notáveis e bem executados. É uma pena que o beta tenha apenas duas missões principais bastante curtas, o que deixa a narrativa um tanto carente de contexto. No entanto, o destaque indiscutível do beta é a jogabilidade.
O Beta de Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint foi testado no PlayStation 4 e todas as imagens
inclusas aqui são provenientes da captura pelo console.
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